A energia elétrica é um bem de consumo essencial tanto para as camadas mais abastadas da população, quanto para os pobres. Num contexto de pressões por elevação de tarifas e por aumento de consumo, o consumidor pobre depara-se com uma situação em que pagar a conta de energia elétrica é um fardo crescente. O poder concedente e o agente regulador procuram minimizar esse efeito sob a forma, principalmente, de uma tarifa social que consiste de subsídio a um grupo de consumidores que abrange, mas não é limitado, aos consumidores de baixa renda. Existem fatores sociais e culturais, além das desvantagens financeiras, que pressionam o consumidor ao furto de energia e à inadimplência. Este estudo investiga como o problema das perdas não técnicas de energia, derivadas do furto e da inadimplência, pode ser tratado pelas empresas concessionárias distribuidoras de energia elétrica por meio de ações de marketing. São construídas hipóteses sobre o comportamento de consumidores residenciais, de uma forma geral, e os de baixa renda, em particular e como as empresas distribuidoras podem, por meio de instrumentos de marketing – pesquisa, segmentação, criação de serviços adicionais -, minimizar o grande problema de negócios que compreende as perdas não técnicas de energia elétrica.
