Apesar de uma série argumentos teóricos e evidências empíricas demonstrarem que a partir de certos níveis de renda ocorre a chamada EKC (Environmental Kuznets Curve), i.e., uma relação em “U” invertido entre renda e degradação ambiental (ou consumo dos recursos naturais) estudos aplicados demonstraram que para o caso do consumo de energia no Brasil, esta relação não se verifica. A melhoria na qualidade ambiental poderia, no entanto, estar ocorrendo pela troca de uma matriz energética mais intensiva na emissão de poluentes por uma menos agressiva. Para verificar este efeito foram estimadas várias EKC’s para diferentes tipos de fonte primárias de energia (petróleo, álcool de cana-de-açúcar, gás natural, carvão mineral e vegetal, hidroeletricidade residencial e industrial e lenha). Como a princípio as demandas são correlacionadas entre si, foi utilizado um modelo de regressão do tipo SUR (Seemingly Unrelated Regressions). O resultado obtido confirma a hipótese de que as funções são correlacionadas contemporaneamente e que o nível de consumo da maioria das fontes de energia é crescente em função da renda (algumas com elasticidade também crescente). Outros resultados extraídos indicam que a participação das fontes renováveis tende a decair ao longo do processo de crescimento econômico; e, há um aumento exponencial nas emissões de carbono no longo-prazo (tanto originário de fontes renováveis quanto não-renováveis). ----------------------------------------------------- Although some theoretical and empirical evidences show that under some level of income the relationship between income and the use of natural resources and environmental quality is inverted U-shaped (the well know EKC-Environmental Kuznets Curve), applied studies have shown that for the case of per capita energy consumption in Brazil the EKC doesn’t applies. However, an improvement on environmental quality would be occurring be the substitution of the energy matrix to another one less intensive on pollutants. Objecting the extraction of this effect it had been done the estimation of several EKC’s for different sources of fuel (petroleum, sugar-cane alcohol, natural gas, mineral and vegetal coal, residential and industrial hydroelectricity and wood). Once those sources of energy demand are, by substitution, correlated, it had been used the econometrical technique of the regression by SUR (Seemingly Unrelated Regressors). The final result had shown what was expected: the different energy sources are contemporaneously correlated and they are in most part positively correlated with income, actually some of then have increasing elasticity on income. Some simulations done indicates that the percent participation of the renewable sources of energy is decreasing along economic growth; and, the carbon emissions is exponential increasing on long-run (either renewable and non-renewable).