This study combines survey data with annual state data on pupil-teacher ratios covering broadly the period 1940-90 to investigate the role of race, family background and education (both the quantity and quality) in explaining earnings inequality between whites and the African descendent population (pretos and pardos) in Brazil. The authors estimate quantile Mincer earnings equations to go beyond the usual racial average earnings gaps decompositions. The main findings indicate that differences in human capital, including parental education and education quality, and in its returns, account for most but not all of the earnings gap between the African descendent population and whites. There is evidence of potential greater pay discrimination at the higher salary jobs at any given skill level. The authors also find that returns to education vary significantly across workers. The results suggest that while equalizing access to quality education, including improved early learning environments, is key to reduce inter-racial earnings inequality in Brazil, specific policies are also needed to facilitate non-whites equal access to good quality jobs.Abstract: Este estudio combina los datos de una encuesta de hogares con los datos anuales de la relación alumno-maestro al nivel de cada estado y en el período 1940-1990 con objeto de investigar la importancia de la raza, los antecedentes familiares y la educación para explicar la desigualdad del ingreso laboral entre los blancos y la población de raza negra en el Brasil. Los principales resultados indican que las diferencias en capital humano explican la mayor parte pero no la totalidad de la brecha de ingresos laborales entre la población de raza negra y los blancos. Si bien la igualdad de acceso a una educación de buena calidad, que incluye un ambiente más favorable al de aprendizaje en la niñez, es clave para reducir la desigualdad interracial del ingreso en el Brasil, también se necesitan políticas específicas para facilitar la igualdad de acceso de la población que no es blanca a trabajos de buena calidad.Abstract: O presente estudo combina dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilios com registros administrativos anuais sobre a proporção professor/aluno, abrangendo o período 1940-90, para examinar o papel da raça, antecedentes familiares e educação (em termos de quantidade e qualidade) ao explicar a desigualdade de rendimentos entre brancos e a população negro-descendente (pretos e pardos) no Brasil. Avaliamos as equações de rendimentos mincerianas de quantis para ir além das decomposições médias habituais de diferenciais de renda entre os grupos raciais. Nossas principais conclusões indicam que as diferenças em capital humano, inclusive educação parental e qualidade da educação, e em seus retornos, são responsáveis pela maior parte, mas não por todos os diferenciais salariais entre a população negro-descendente e os brancos. Existem indicações de uma maior discriminação salarial potencial nas ocupações mais bem remuneradas em qualquer dado nível de habilidade. Também averiguamos que os retornos à educação variam significativamente entre os trabalhadores. Os resultados sugerem que enquanto a eqüidade de acesso à educação de qualidade, inclusive ambientes favoráveis à aprendizagem no início, é um elemento chave na redução da desigualdade de renda entre os grupos raciais no Brasil, são também necessárias políticas específicas para facilitar a igualdade de acesso de não-brancos aos postos de trabalho de boa qualidade.
