A castanha do brasil (Bertholletia excelsa, H.B.K.), é uma planta nativa da Amazônia, sendo uma das mais importantes espécies de exploração extrativista. Suas amêndoas apresentam alto valor econômico, tornando-se uma das principais atividades econômicas na região amazônica. O presente estudo teve como objetivo fazer um levantamento da produção e comercialização da castanha-do-brasil no Estado do Acre, n o período de 1998 a 2006. Os Estados do Acre, Amazonas e Pará detêm 80,7% da produção nacional, representando cerca de R$ 30 milhões na economia local, com impactos diretos na vida de comunidades extrativistas. No Estado do Acre, os maiores produtores de castanha do brasil são os municípios de Rio Branco, Xapuri, Brasiléia e Sena Madureira, localizados nas regionais do Alto e Baixo Acre, sendo responsáveis por quase toda a produção do Estado, cuja média entre os anos de 1998 a 2006 foi de 2.866,5 t e 2.547,5 t, respectivamente. A comercialização da castanha do brasil é feita através de associações e cooperativas, responsáveis pela compra da produção agroextrativista. Outro agente importante, no sistema econômico extrativista, é o intermediário, caracterizado por obter altas taxas de lucro geradas pelo preço pago pelas castanhas que adquire. A transformação da matéria-prima em bens de consumo é feita pela agroindústria acreana, por um processo automatizado, onde os níveis tecnológicos adotados foram responsáveis pela melhoria na qualidade do produto final. O preço comercializado no Estado, até 1998, era de R$ 1.90 a R$ 2.50 por lata (equivalente a 10 kg de amêndoas). Já em 2006, o valor da lata foi comercializado a R$ 15.00. A cerificação da castanha, da usina e mini usinas, ainda é o fator limitante enfrentado pelas cooperativas acreanas para a exportação da produção. Quanto à contaminação por aflatoxina, as cooperativas obtiveram índice zero na presença da toxina nas amêndoas, através das boas práticas de fabricação e assistência técnica da usina e mini usinas.-----------------------------------------------The brazilian nut (Bertholletia excelsa .H.B.K.), is a plant native of the Amazon, one of the most important species of extractive exploitation. His almonds have high economic value, becoming one of the main economic activities in the Amazon region. This study aimed to make a survey of the production and marketing of the brazilian nut in the state of Acre, the period 1998 to 2006. The states of Acre, Amazonas and Para hold 80.7% of national production, representing about R$ 30 million in the local economy, with direct impacts on the lives of communities extractive. In the state of Acre, the largest producer of the brazilian nut are the municipalities of Rio Branco, Xapuri, Brasileia and Sena Madureira, located in the Upper and Lower Acre regional, being responsible for almost all production of the state, which average between the years 1998 to 2006 was 2.866,5 t and 2.547,5 t, respectively. The marketing of the brazilian nut is made of associations and cooperatives, responsible for the purchase of production agriextractive. Another important agent in the extractive economic system is the intermediary, characterized by obtaining high rates of profit generated by the price paid for the nuts buy. The transformation of raw materials into consumer goods is made by the agribusiness acreana by an automated process, where the technological levels adopted were responsible for the improvement in the quality of the final product. The price marketed in the state, until 1998, was R$ 1.90 to R$ 2.50 per tin (equivalent to 10 kg of almonds). Already in 2006, the value of the tin was traded to R$ 15.00. The cerificação of the brazilian nut, plant and small-plants, it is still the limiting factor faced by the cooperatives acreanas for export production. As to contamination by aflatoxin, cooperatives index gained zero in the presence of the toxin in almonds, through good manufacturing practices, and technical assistance to plant and small-plants.